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sábado, 9 de julho de 2011

CÂNCER DE TESTICULO

CÂNCER DE TESTICULO
O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens. É facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade.
Apesar de raro, preocupa porque a maior incidência é em homens em idade produtiva - entre 15 e 50 anos. Nessa fase, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado, por orquiepididimites (inflamação dos testículos e dos epidídimos (canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma) geralmente transmitidas sexualmente.
Estimativa de novos casos: 11.593 (2009)
Número de mortes: 257 (2007)
Como se desenvolve?
Fatores genéticos estão relacionados no desenvolvimento dos tumores de testículo, visto que podem ocorrer casos familiares (entre irmãos, por exemplo). Traumatismos são freqüentemente citados como possíveis geradores de tumores de testículo. O que se acredita é que o trauma chama a atenção para o testículo tumoral.
O uso de estrógenos pela mãe durante a gravidez pode ocasionar nos filhos uma maior incidência de tumores de testículo, atrofia testicular (testículos pequenos) ou criptorquidia (testículos fora de sua posição habitual).
Diga-se de passagem que pacientes com criptorquidia tem um risco 50 vezes maior de desenvolverem tumor de testículo do que pacientes normais.
O que se sente e como se faz o diagnóstico?
Os tumores de testículo podem se apresentar como nódulos indolores ou por aumento do volume do órgão. Alguns pacientes notam o problema pelo aumento de peso do testículo. Essas alterações podem progredir sem a percepção do paciente. Noutras situações - cerca de 10% dos casos- o tumor pode ter uma hemorragia interna, gerando um quadro agudo que pode ser confundido com outras inflamações benignas do testículo (por exemplo, orquite). Em 15% dos casos, já existem metástases e os sintomas surgirão conforme a área envolvida como:
 tosse ou dispnéia (pulmão)
 dores nas costas (retroperitôneo)
 edema de membros inferiores (envolvimento da veia cava) e outros
Aumento das mamas (ginecomastia) pode também ocorrer em alguns tumores de testículo. Ela ocorre devido ao aumento de produção de estrógenos ou por deficiencia da formação de andrógenos.
No exame físico do paciente, geralmente, palpa-se o nódulo ou o testículo endurecido, indolor.
Outras estruturas do saco escrotal (epidídimo, canal deferente), não estão envolvidas, a não ser em casos mais avançados.
Qualquer quadro agudo envolvendo testículo em pessoas jovens e que não resolver em 7-10 dias de tratamento convencional deve levantar suspeitas quando à presença de tumor. Em 10% dos casos, o paciente apresenta-se com manifestações de doença metastática como dor lombar,dispnéia, vômitos,ginecomastia ou perda de peso
Após realizado o exame físico, são solicitados exames complementares a fim de confirmar o diagnóstico, tais como:
 alfa fetoproteina e beta-HCG que são marcadores tumorais, isto é, substâncias produzidas pelos tumores e que estão aumentadas na sua presença
 ecografia testicular, a qual nos dá idéia do volume e localização do tumor, bem como nos oferece a imagem do outro testículo.
 tomografia abdominal total, a qual pesquisa o retroperitôneo (região localizada atrás da cavidade abdominal) na busca de metástases ganglionares.
 RX de tórax ou tomografia de tórax.
Uma vez confirmada a suspeita clínica, o passo seguinte é a exploração inguinal. Realiza-se uma incisão na região inguinal do paciente e por ela o testículo é tracionado. Um fragmento da lesão (biópsia) é retirado e mandado para o patologista. Se for confirmada a presença de tumor maligno, o testículo é extirpado (orquiectomia).
O testículo é um órgão composto por diferentes tipos de células, as quais podem gerar diferentes tipos de tumores, cada um com um comportamento peculiar, com maior ou menor malignidade.
Tratamento
O conhecimento do componente celular do tumor e a presença ou não de metástases é que orientarão o tratamento futuro.
Existem várias formas de tratamento:
 Orquiectomia radical(OR)
 OR+linfadenectomia retroperitoneal (retirada de gânglios do retroperitôneo)
 OR+quimioterapia
 OR+linfadenectomia+quimioterapia
 OR+radioterapia (a radioterapia está indicada nos seminomas)
A escolha do tratamento ideal dependerá da extensão da doença ( estadiamento) e tipo histológico. Existem ainda as preferências de cada urologista que também devem ser consideradas.
Qual é o prognóstico?
O prognóstico varia com o tipo celular e com a extensão do tumor.
Nos últimos 25 anos, devido aos marcadores tumorais, aos métodos diagnósticos e à quimioterapia, houve uma melhora significativa na sobrevida dos pacientes, mesmo nos estágios mais avançados da doença.
 Tipo histológico                             Freqüência                   Sobrevida em 10 anos
Seminoma                                          45-50%                                   92%
Teratocarcinoma                              20-25%                                    74%
Teratoma                                           8-10%                                      72%
Carcinoma embrionário                 15-20%                                     64%
Coriocarcinoma                                0-1%                                         44%
Após o término do tratamento, o paciente deverá fazer exames periódicos por vários anos a fim de detectar recidivas.

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