Seguidores

sábado, 9 de julho de 2011

PREENCHIMENTO FACIAL E CORPORAL

Preenchimento cutâneo
O preenchimento cutâneo é uma técnica utilizada para a correção de sulcos, rugas e cicatrizes. Consiste na injeção de substâncias sob a área a ser tratada elevando-a e diminuindo a sua profundidade, com consequente melhora do aspecto.
A técnica, desenvolvida por dermatologistas, pode ser realizada no consultório, sendo um procedimento rápido e que não necessita nem mesmo de anestesia na maioria das vezes. Se desejado, podem ser utilizados anestésicos tópicos, sob a forma de cremes, aplicados 30 a 60 minutos antes do preenchimento, para atenuar a sensação da picada da agulha.
A técnica é mais utilizada para a correção do sulco nasogeniano (aquele que se acentua com o sorriso e vai do canto do nariz ao canto da boca) ou os sulcos ao redor dos lábios. Algumas das substâncias mais usadas são o ácido hialurônico e o metacrilato.

Preenchedores
O ácido hialurônico (Restylane, Juvederm, Teosyhal, Esthelis, Perfectha) é atualmente considerado um dos produtos mais seguros para a realização do preenchimento cutâneo e, por isso, tem sido o mais utilizado dos preenchedores. Apesar de ser produzido em laboratório, o ácido hialurônico é um componente natural da derme, segunda camada da pele, não causa alergias e dispensa testes prévios. A duração do preenchimento varia de 6 a 12 meses, sendo necessária nova aplicação após este período.
Muito utilizado para o preenchimento dos sulcos nasogenianos e para aumento dos lábios, o ácido hialurônico também apresenta uma forma mais fluida, para aplicação em rugas finas, como aquelas ao redor dos olhos ou dos lábios (apelidadas de "código de barras") e uma forma para aplicação mais profunda e em maior volume, para recuperação dos contornos faciais.
Uma outra opção de uso é o aumento do volume labial, para mulheres que tem lábios muitos finos ou que, como passar dos anos, os lábios foram perdendo volume devido ao envelhecimento.
o metacrilato é um preenchedor definitivo. Por não ser reabsorvido pelo organismo, seus resultados são duradouros e é mais utilizado para correção de sulcos profundos e para alteração do contorno corporal. A substância é aplicada mais profundamente e pode ser usada em maior volume. Alguns produtos comerciais necessitam de teste prévio por conterem pequena quantidade de colágeno em sua fórmula
Lipoescultura  uma variação desta técnica é o auto-enxerto de gordura, na qual retira-se gordura de uma área do corpo onde esteja em excesso (através de lipoaspiração) e injeta-se sob a ruga elevando-a.

Este procedimento é mais trabalhoso, exige anestesia e outros cuidados para a obtenção do material gorduroso a ser injetado. Ideal para aqueles que desejam livrar-se de gorduras extras em áreas localizadas e vão se submeter a uma lipoaspiração. A gordura retirada será então aproveitada para o preenchimento cutâneo. Uma parte da gordura injetada é reabsorvida porém boa parte dela permanece definitivamente no local. A técnica tem sido chamada de lipoescultura.

"BOTOX"



Toxina botulínica


Origem:

A toxina botulínica tipo A (C6760H10447N1743O2010S32) é um complexo protéico purificado, de origem biológica, obtido a partir da bactéria Clostridium botulinum. O Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia, que em condições apropriadas à sua reprodução (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes de toxina – conhecidos como A, B, C1, D, E, F e G. Dentre esses, o sorotipo A é o reconhecido cientificamente como o mais potente e o que proporciona maior duração de efeito terapêutico.

Para fins médicos, é utilizada uma forma injetável da toxina botulínica purificada. Quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair.

Desta forma, a toxina botulínica interfere seletivamente na capacidade de contração da musculatura e, por isso, as linhas de expressão são suavizadas. Em muitos casos, uma semana após a aplicação elas ficam praticamente invisíveis e os efeitos duram de quatro a seis meses. Após este período, ela pode ser aplicada novamente.

A toxina botulímica é também utilizada para tratamento em crianças com problemas musculares. Esta toxina permite, que depois de aplicada na zona em causa (ex: pernas), a criança tenha mais flexibilidade muscular.

Dentre as indicações toxina botulínica tipo A aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estão estrabismo, blefaroespasmo, espasmo hemifacial, distonias e espasticidade. Além das indicações terapêuticas, o medicamento é amplamente conhecido no tratamento de linhas faciais hipercinéticas e para o tratamento da hiperhidrose palmar e axilar.

Origem

No final da década de 60, o oftalmologista americano Alan B. Scott, que buscava alternativas para o tratamento não cirúrgico do estrabismo, obteve do Dr. Edward J. Schantz, amostras da toxina botulínica tipo A para testá-la em músculos extra-oculares de macacos. A experiência foi bem sucedida e Scott publicou seu primeiro trabalho sobre o assunto em 1973[1], confirmando a toxina botulínica tipo A como uma alternativa eficaz para o tratamento não cirúrgico do estrabismo.

Ainda na década de 70, Scott recebeu autorização do FDA (Food and Drug Administration), órgão que regula o setor de medicamentos dos Estados Unidos para utilizar a toxina em seres humanos, conduzindo estudos durante os anos de 1977 e 1978. Ele descobriu que o produto, quando injetado, relaxava os músculos. Deduziu então que uma aplicação local – em determinados músculos – interrompia momentaneamente o movimento muscular anormal e, dessa forma, corrigia o problema.

E foi a partir do uso terapêutico, que surgiu o uso cosmético. Quando o casal canadense Jean e Alastair Carruthers, oftalmologista e dermatologista respectivamente, observou a melhora das rugas em pacientes tratados para indicações terapêuticas, como blefaroespamo, iniciaram os primeiros estudos na área. Deste então, o uso cosmético da toxina botulínica tipo A evoluiu e se expandiu em todo mundo.

BOTOX®

Botox é a marca americana da toxina botulínica e foi a primeira a ser liberada para uso estético (em rugas de expressão), por isso é o mais conhecido. Existem, ainda, o Dysport, da Suécia e o Prosigne, da China.

Nos Estados Unidos, ela foi aprovada em 2002 pelo FDA (Food and Drug Administration) para o uso cosmético e em 2004 para hiperidrose até hoje é a única marca de toxina botulínica tipo A aprovada para este fim naquele país.

No Brasil, a marca BOTOX® foi aprovada em 1992 para indicações terapêuticas e, em 2000, para o tratamento de rugas e hiperidrose axilar e palmar. Por aqui, existem ainda, as marcas Dysport, da Suécia, e o Prosigne, de Israel. Mas por ser a primeira aprovada, BOTOX® tornou-se muito conhecido e, por isso, sinônimo do procedimento.

Uso na Medicina e estética

Na medicina estética a toxina botulínica tem sido utilizada para tratamento de rugas de expressão, sorriso deprimido, e também para tratamento de hiperidrose palmar e ou axilar. O efeito começa após 24 horas da aplicação e é bem notável após 3 dias. Se necessário alguma complementação, esta deverá ser realizada 20 dias após a aplicação.

Tratamento estético mais procurado

Em 2007, os tratamentos estéticos não-cirúrgicos lideraram o ranking do ASAPS (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e Estética) com 9.621.999 procedimentos realizados.[carece de fontes?] Entre os que se destacam como os mais populares e os mais procurados são a aplicação com Toxina Botulínica Tipo A (2.775.176) e o preenchimento com ácido hialurônico (1.448.716).

Os dados confirmam a tendência de que os pacientes buscam tratamentos mais simples, práticos e não-invasivos. Ao todo, em 2007, os tratamentos não-cirúrgicos atingiram 82% dos procedimentos estéticos, contra os 18% restante, que foram cirúrgicos. Desde 1997, estes dados representam um incremento de 754% para os procedimentos não cirúrgicos contra 114% para os cirúrgicos.

As mulheres representam o público que mais procura o procedimento, mas a preferência dos homens também cresce de forma interessante (91% mulheres e 9% homens). A faixa de idade em que se concentrou o maior número de tratamentos compreende pessoas entre 35 e 50 anos (46% do total), seguido pelas pessoas entre 19 e 34 anos (21% do total), mais de 65 (6% do total) e por último, menos de 18 anos (menos de 2% do total).

Tratamento para doenças urológicas

O BOTOX® pode ser usado para Doenças Urológicas como incontinência urinária e bexiga hiperativa.

A toxina botulínica tipo A é aplicada diretamente na parede da bexiga, fazendo com o que haja um relaxamento temporário da musculatura, um controle da vontade de urinar e, acima de tudo uma melhora na qualidade de vida do paciente, que retorna às suas atividades rotineiras sem vergonha ou medo de que ocorra uma libertação acidental e involuntária de urina.

Indicações terapêuticas

A distonia é a contração muscular involuntária em diferentes partes do corpo causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos. A espasticidade é a contração permanente que leva o encurtamento de tendões e músculos, também causando dores e posturas anormais. De acordo com o Ministério da Saúde, a espasticidade compromete 67% dos portadores de lesão medular, 60% dos pacientes com paralisia cerebral, 84% das pessoas com TCE, além de pacientes vítimas de AVC e esclerose múltipla.[carece de fontes?]

Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a toxina provoca um relaxamento e bloqueia a atividade motora involuntária, o que reduz a dor e aumenta a amplitude de movimento dos pacientes.

O relaxamento e a melhora na movimentação são fundamentais em todas as etapas do tratamento – permitem que o fisioterapeuta maneje os membros afetados, por exemplo. O tratamento com a toxina pode reduzir o uso de medicação antiespástica e, inclusive, retardar ou evitar intervenções cirúrgicas.

Precauções

A toxina botulínica é um veneno natural 40 milhões de vezes mais poderoso que o cianureto. A dosagem aplicada para fins terapêuticos e estéticos é muito pequena e incapaz de desencadear as reações do envenenamento alimentar do botulismo. Contudo, a agência Food and Drug Administration (FDA) emitiu um alerta para o uso do medicamento após a ocorrência alguns casos de efeitos colaterais severos registrados em pacientes após o uso do fármaco. [2].

Referências1.↑ Alan B Scott, Carter C Collins: "Division of Labor in Human Extraocular Muscle". Archives of Ophthalmology, vol. 90, no. 4, pg. 319-322. Outubro de 1973.

2.↑ FDA adverte para uso do Botox (2008-02-13). Página visitada em 2008-02-13.


CÂNCER DE TESTICULO

CÂNCER DE TESTICULO
O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens. É facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade.
Apesar de raro, preocupa porque a maior incidência é em homens em idade produtiva - entre 15 e 50 anos. Nessa fase, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado, por orquiepididimites (inflamação dos testículos e dos epidídimos (canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma) geralmente transmitidas sexualmente.
Estimativa de novos casos: 11.593 (2009)
Número de mortes: 257 (2007)
Como se desenvolve?
Fatores genéticos estão relacionados no desenvolvimento dos tumores de testículo, visto que podem ocorrer casos familiares (entre irmãos, por exemplo). Traumatismos são freqüentemente citados como possíveis geradores de tumores de testículo. O que se acredita é que o trauma chama a atenção para o testículo tumoral.
O uso de estrógenos pela mãe durante a gravidez pode ocasionar nos filhos uma maior incidência de tumores de testículo, atrofia testicular (testículos pequenos) ou criptorquidia (testículos fora de sua posição habitual).
Diga-se de passagem que pacientes com criptorquidia tem um risco 50 vezes maior de desenvolverem tumor de testículo do que pacientes normais.
O que se sente e como se faz o diagnóstico?
Os tumores de testículo podem se apresentar como nódulos indolores ou por aumento do volume do órgão. Alguns pacientes notam o problema pelo aumento de peso do testículo. Essas alterações podem progredir sem a percepção do paciente. Noutras situações - cerca de 10% dos casos- o tumor pode ter uma hemorragia interna, gerando um quadro agudo que pode ser confundido com outras inflamações benignas do testículo (por exemplo, orquite). Em 15% dos casos, já existem metástases e os sintomas surgirão conforme a área envolvida como:
 tosse ou dispnéia (pulmão)
 dores nas costas (retroperitôneo)
 edema de membros inferiores (envolvimento da veia cava) e outros
Aumento das mamas (ginecomastia) pode também ocorrer em alguns tumores de testículo. Ela ocorre devido ao aumento de produção de estrógenos ou por deficiencia da formação de andrógenos.
No exame físico do paciente, geralmente, palpa-se o nódulo ou o testículo endurecido, indolor.
Outras estruturas do saco escrotal (epidídimo, canal deferente), não estão envolvidas, a não ser em casos mais avançados.
Qualquer quadro agudo envolvendo testículo em pessoas jovens e que não resolver em 7-10 dias de tratamento convencional deve levantar suspeitas quando à presença de tumor. Em 10% dos casos, o paciente apresenta-se com manifestações de doença metastática como dor lombar,dispnéia, vômitos,ginecomastia ou perda de peso
Após realizado o exame físico, são solicitados exames complementares a fim de confirmar o diagnóstico, tais como:
 alfa fetoproteina e beta-HCG que são marcadores tumorais, isto é, substâncias produzidas pelos tumores e que estão aumentadas na sua presença
 ecografia testicular, a qual nos dá idéia do volume e localização do tumor, bem como nos oferece a imagem do outro testículo.
 tomografia abdominal total, a qual pesquisa o retroperitôneo (região localizada atrás da cavidade abdominal) na busca de metástases ganglionares.
 RX de tórax ou tomografia de tórax.
Uma vez confirmada a suspeita clínica, o passo seguinte é a exploração inguinal. Realiza-se uma incisão na região inguinal do paciente e por ela o testículo é tracionado. Um fragmento da lesão (biópsia) é retirado e mandado para o patologista. Se for confirmada a presença de tumor maligno, o testículo é extirpado (orquiectomia).
O testículo é um órgão composto por diferentes tipos de células, as quais podem gerar diferentes tipos de tumores, cada um com um comportamento peculiar, com maior ou menor malignidade.
Tratamento
O conhecimento do componente celular do tumor e a presença ou não de metástases é que orientarão o tratamento futuro.
Existem várias formas de tratamento:
 Orquiectomia radical(OR)
 OR+linfadenectomia retroperitoneal (retirada de gânglios do retroperitôneo)
 OR+quimioterapia
 OR+linfadenectomia+quimioterapia
 OR+radioterapia (a radioterapia está indicada nos seminomas)
A escolha do tratamento ideal dependerá da extensão da doença ( estadiamento) e tipo histológico. Existem ainda as preferências de cada urologista que também devem ser consideradas.
Qual é o prognóstico?
O prognóstico varia com o tipo celular e com a extensão do tumor.
Nos últimos 25 anos, devido aos marcadores tumorais, aos métodos diagnósticos e à quimioterapia, houve uma melhora significativa na sobrevida dos pacientes, mesmo nos estágios mais avançados da doença.
 Tipo histológico                             Freqüência                   Sobrevida em 10 anos
Seminoma                                          45-50%                                   92%
Teratocarcinoma                              20-25%                                    74%
Teratoma                                           8-10%                                      72%
Carcinoma embrionário                 15-20%                                     64%
Coriocarcinoma                                0-1%                                         44%
Após o término do tratamento, o paciente deverá fazer exames periódicos por vários anos a fim de detectar recidivas.

RESFRIADO X GRIPE

Resfriado


É uma infecção simples do trato respiratório superior - acomete o nariz e a garganta, durando de poucos dias a poucas semanas (usualmente, menos de duas semanas). Neste tipo de infecção ocorre uma grande destruição do revestimento interno das vias respiratórias pelo vírus. As defesas do organismo do indivíduo afetado reagem, causando mais inflamação. Isso pode fazer com que bactérias que estejam nas vias respiratórias se aproveitem da situação, produzindo muco (catarro) purulento que pode ser expelido pelo nariz ou pela boca. Isto explica porque, em alguns casos, um simples resfriado por vírus pode levar uma pessoa a desenvolver uma pneumonia por bactérias.

Cinco famílias diferentes de vírus podem causar os resfriados. O vírus mais frequentemente envolvido é o rinovírus. Devido a grande variedade de vírus, não existem ainda vacinas para proteger as pessoas destas viroses.

Os adultos, em média, têm de dois a quatro resfriados ao ano, e as crianças (especialmente os pré-escolares) de cinco a nove. Estas infecções são ainda mais frequentes nas creches. Apesar dos resfriados não terem tratamento específico, eles são auto-limitados. Independentemente de usar medicações ou não, dentro de poucos dias as pessoas melhoram. Após três a quatro dias, o resfriado deve melhorar, embora alguns sintomas possam persistir até duas semanas. Caso dure mais que isso, é importante a realização de uma consulta médica para investigar a possibilidade de que uma infecção bacteriana possa ter surgido após o resfriado – pneumonia, laringite (inflamação das cordas vocais), sinusite ou otite.

Gripe

É uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Ela pode afetar milhões de pessoas a cada ano. É altamente contagiosa e ocorre mais no final do outono, inverno e início da primavera – de abril a setembro no hemisfério sul. Também é responsável por várias ausências ao trabalho e à escola, além de poder levar à pneumonia, hospitalização e morte. As epidemias de gripe normalmente tem seu pico em duas semanas e duram 2 a 3 meses.

Existem três tipos deste vírus: A, B e C. O vírus Influenza A pode infectar humanos e outros animais, enquanto que o Influenza B e C infecta só humanos. O tipo C causa uma gripe muito leve e não causa epidemias.

De uma maneira geral, o vírus influenza ocorre de maneira epidêmica uma vez por ano. Qualquer pessoa pode se gripar. Contudo, as pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica, imunidade enfraquecida e idosos têm uma tendência a infecções mais graves com possibilidade de complicações fatais.

Os sintomas da gripe são mais graves do que os do resfriado.

O vírus Influenza tem uma "capa" (revestimento) que se modifica constantemente. Isto faz com que o organismo das pessoas tenha dificuldade para se defender das agressões deste microorganismo, ficando também difícil desenvolver vacinas para proteção contra a infecção causada por ele.

Por isso, a gripe é um dos maiores problemas de saúde pública.

O que se sente?

Normalmente, os sintomas surgem de 1 a 3 dias após a pessoa entrar em contato com o vírus, e podem durar até uma semana, na maioria dos casos.

Gripe não é resfriado. A gripe é uma doença com início súbito e mais grave que o resfriado comum. Ela compromete de maneira significativa o estado geral da pessoa, diferentemente do resfriado que geralmente só compromete o nariz e a garganta. O período de incubação – tempo entre o contágio e o início dos sintomas da doença – é de 1 a 4 dias. Dentre os sintomas, destacamos:

resfriado

Febre (pode ocorrer em crianças). Incomum em adultos.

Adultos podem ter febre baixa, enquanto as crianças podem ter febre alta;

espirros, tosse e garganta inflamada (dolorosa);

Dores pelo corpo; Dor de cabeça;

Obstrução do nariz dificultando a respiração,

Rouquidão;

Voz “anasalada” (voz da pessoa que está com o nariz entupido);

Diminuição do olfato e da gustação;

Nariz com secreção (coriza) intensa – podendo tornar-se espessa e amarelada;

gripe


Febre , calafrios

suor excessivo

tosse seca - pode durar mais de duas semanas

irritação na garganta

dores musculares e articulares (dores no corpo) - podem durar de 3 a 5 dias

mal-estar, dor de cabeça

fadiga - pode levar mais de duas semanas para desaparecer

nariz obstruído



Não há tratamento para o combate do vírus causador do resfriado.

A orientação dada pelo médico visa atenuar os sintomas da doença e dar condições adequadas para que o organismo da pessoa afetada logo se recupere.

Para isso, é importante que a pessoa tome bastante líquido, como água e sucos, uma vez que a boa hidratação previne o ressecamento do nariz e da garganta, facilitando a eliminação das secreções contaminadas.

A gripe costuma ceder completamente dentro de uma ou duas semanas. A febre pode durar 3-8 dias.

Nos idosos, a fraqueza causada pela gripe poderá durar várias semanas.

Geralmente, a gripe cursa sem complicações e é autolimitada. No entanto, uma das complicações possíveis é a pneumonia – normalmente, não pelo vírus Influenza, mas por uma bactéria (pneumococo ou estafilococo, geralmente).

Além da pneumonia, outras infecções como sinusite, otite e bronquite (infecção dos brônquios – “canos” que espalham o ar nos pulmões) também são complicações possíveis.

As pessoas com mais de 65 anos, de qualquer idade com alguma doença crônica e as crianças muito pequenas tem uma probabilidade maior de desenvolver complicações de uma gripe. Por outro lado, a gripe pode também desencadear uma piora em pessoas asmáticas ou com bronquite crônica e piora da condição de uma pessoa com insuficiência do coração, por exemplo. Existem outras complicações infreqüentes e graves que podem ocorrer.

Como se trata?

Caso os sintomas da doença tenham se apresentado a menos de dois dias, o doente poderá discutir com o seu médico a possibilidade de se usar um tratamento anti-viral.

O indivíduo enfermo deverá fazer repouso, evitar o uso de álcool ou fumo, procurar se alimentar bem e tomar bastante líquidos, além de usar medicações para a febre e para a dor e, também, para a melhora dos sintomas do nariz, como a coriza (corrimento do nariz) ou congestão nasal.

Retorno às atividades normais somente após os sintomas terem ido embora.

Para combater e prevenir a gripe pelo vírus influenza do tipo A, a amantadina poderá ser empregada em crianças com mais de 1 ano de idade. A rimantadina é outra opção nestes casos. Entretanto, para tratamento ela só poderá ser usada em adultos. Estes dois medicamentos anti-virais podem ajudar no processo de cura desde que utilizados nas primeiras 48 horas da doença.

Existem novos anti-virais eficazes chamados de inibidores da neuraminidase , que têm a vantagem de, além de combater o vírus A, tratar a doença causada pelo vírus B. Também devem ser iniciados dentro das primeiras 48h da doença para serem eficazes. Podem ser usados por comprimido ou xarope, ou via inalatória.

Como se previne?

A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual contra o Influenza antes de iniciar o inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. Sua efetividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis – isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protetores após a imunização (vacinação). Contudo, mesmo nesses casos, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença como as hospitalizações e as mortes.

Normalmente, a vacinação é bem tolerada. Os efeitos indesejáveis mais freqüentes são a dor e vermelhidão no local da injeção. Em menos de 5% dos vacinados, febre baixa, dor de cabeça ou dor no corpo podem ocorrer 8-24h após a vacinação. Outros efeitos adversos são muito raros.

Devemos salientar que a vacinação não causa a doença, uma vez que é composta por vírus mortos. Atualmente, se estuda o uso de uma vacina para aplicação dentro do nariz. Conforme determinação do Ministério da Saúde:

VACINAR

todas as pessoas com 60 anos ou mais

pessoas adultas (mesmo grávidas ou amamentando) ou com mais de 6 meses de idade portadoras de doenças crônicas do coração, pulmões ou rins

desabrigados, co-habitantes de pessoas de alto risco (incluindo crianças a partir dos 6 meses), diabéticos e pessoas com doenças da hemoglobina (do sangue)

pessoas imunocomprometidas: com câncer, infecção pelo HIV, transplantados de órgãos ou que receberam corticóides, quimioterapia ou radioterapia

residentes de clínicas, indivíduos com internações prolongadas, trabalhadores da área da saúde e moradores de asilo

familiares e pessoas que lidam com indivíduos com alto risco de ficarem doentes

gestantes no segundo ou terceiro trimestre durante época do ano em que a gripe é freqüente ou grávidas que tenham alguma condição médica que represente um maior risco de complicação após uma gripe

crianças entre 6 meses e 18 anos que fazem uso de ácido acetilsalicílico a longo prazo (têm uma chance de apresentar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye após uma gripe)

NÃO VACINAR

pessoas que tiveram uma reação prévia a esta vacina contra a gripe

pessoas que já tiveram uma reação alérgica a ovos de galinha, neomicina ou timerosal

indivíduos que tiveram uma desordem caracterizada por paralisia chamada de Síndrome de Guillain-Barré, em que se suspeitou que tivesse sido após uma vacina anti-Influenza

pessoas com alguma doença febril atual

primeiro trimestre da gravidez



Além da vacinação, os anti-virais podem ser usados como preventivos quando indicados pelo seu medico.



Devemos lembrar que resfriado não é gripe. A gripe é uma infecção respiratória mais séria causada pelo vírus influenza.

LIDER DE AUDIÊNCIA

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CÃNCER DE PRÓSTATA

UROLOGIA
Câncer de prostata
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém  espermatozóides, liberado durante o ato sexual.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Estimativa de novos casos: 52.350 (2010)
Número de mortes: 11.955 (2008)

Sintomas
Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa.
Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite).
Na fase avançada,
•Jato urinário que pára e recomeça.      •Dor ao urinar.            •Perda da força do jato urinário.          •Varias micções noturnas.                        •Retenção de urina    •Dores na coluna, fêmur e bacia.
•Sangue na urina.                                       •Insuficiência renal
•Perda de peso.                                          •Infecções generalizadas

Detecção precoce
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um câncer compreende duas diferentes estratégias: aquela destinada ao diagnóstico em pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e aquela, voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento). A decisão do uso do rastreamento como estratégia de saúde pública deve se basear em evidências científicas de qualidade. No momento, não existem evidências de que o rastreamento para o câncer de próstata identifique homens que precisem de tratamento ou de que esta prática reduza a mortalidade pela doença. Desta forma, o Instituto Nacional de Câncer não recomenda o rastreamento para o câncer de próstata e continuará acompanhando o debate científico sobre este tema, podendo rever esta posição quando estiverem disponíveis os resultados dos estudos multicêntricos em curso.
Diagnóstico
Achados no exame clínico (toque retal) combinados com o resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue podem sugerir a existência da doença. Nesses casos, é indicada a ultrassonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível). O resultado da ultrassonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de biópsia prostática transretal. O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata. O relatório anatomopatológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente.

Prevenção
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.



Tratamento
Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico.
A hormonioterapia é mais comumente utilizada para tratar o câncer metástico, isto é, que tenha se disseminado para fora da próstata (Estágios N+ e M+).

Dois tipos de hormonioterapia podem ser utilizados:
1. Remoção cirúrgica dos testículos, os órgãos que produzem hormônios masculinos, ou

2. Medicamentos que previnem a produção (ZOLADEX®) ou bloqueiam a ação da testosterona e outros hormônios masculinos (CASODEX®). A hormonoterapia não pode curar o câncer de próstata. Ao invés disso, ela retarda o crescimento do câncer e reduz o tamanho do(s) tumor (es).

A hormonoterapia pode ser combinada com radioterapia ou cirurgia nos estágios avançados do câncer quando a doença tiver se disseminado localmente além da próstata (Estágios T3-T4). Esta terapia pode ajudar a prolongar a vida e pode aliviar os sintomas.
 Quando o câncer tiver se disseminado além da próstata, a remoção cirúrgica completa da próstata não é comum. Em pacientes com câncer em estágio inicial (Estágio T2), a hormonoterapia pode ser utilizada em combinação com radioterapia.
 Um curso pequeno de hormonoterapia também pode ser utilizado antes da cirurgia para reduzir o tamanho da próstata, o que pode tornar sua remoção mais fácil.
A estratégia primária da hormonoterapia é a redução da produção de testosterona pelos testículos ou o bloqueio das ações da testosterona e outros hormônios masculinos

                                               fonte: site do INCA
                                               programa apresentado dia 31/03/2011 na Jaguarão FM- 104.9

CÂNCER DE MAMA

MASTOLOGIA
Como são as mamas:
As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite.
Câncer de Mama
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres.
O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada.
A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Estimativa de novos casos: 49.240 (2010)
Número de mortes: 11.860, sendo 11.735 mulheres e 125 homens (2008)
Localização Primária Neoplasia maligna            Estimativa dos Casos Novos
                                                                           Estado                                          Capital
          Casos               Taxa Bruta              Casos               Taxa Bruta
Mama Feminina                                 4.750                    81,57                    1.040                    127,71 
Colo do Útero                                     1.250                    21,53                       210                       25,55 
Cólon e Reto                                       1.610                    27,69                       360                       44,45 
Sintomas do câncer de mama:
O câncer de mama normalmente não dói.
 A mulher pode sentir um nódulo (ou caroço) e isso deve fazer ela procurar o seu médico. 
A mulher também pode notar uma deformidade na suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas.
Ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo.
Nos casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável.
No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.
Na maioria dos casos, a mulher é a responsável pela primeira suspeita de um câncer.
É fundamental que ela conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo.
As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida.


Fatores  de risco e proteção 
Idade: O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este tipo de câncer. 
Exposição excessiva a hormônios
 Dieta:   Ingerir bebida alcoólica em excesso
Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos.
 Seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal com frutas, verduras e legumes e pobre em gordura animal pode diminuir o risco de ter este tipo de câncer.
Exercício físico:
   Exercício físico normalmente diminui a quantidade de hormônio feminino circulante. Como este tipo de tumor está associado a esse hormônio, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens. 
História ginecológica:
   Não ter filhos ou engravidar pela primeira vez tarde (após os 35 anos) é fator de risco para o câncer de mama.
 Menstruar muito cedo (com 11 anos, ou antes) ou parar de menstruar muito tarde expõe a mulher mais tempo aos hormônios femininos e por isso aumenta o risco deste câncer.
 Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama.
História familiar:
A hereditariedade é responsável por apenas 10% do total de casos
   Mulheres que tem parentes de primeiro grau, mães, irmãs ou filhas, com câncer de mama, principalmente se elas tiverem este câncer antes da menopausa, são grupo de risco para desenvolver este câncer.
 Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos.
Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e ter um parente de primeiro grau, como o pai, com este diagnóstico também eleva o risco familiar para o câncer de mama. 
Alterações nas mamas:
 Ter tido um câncer de mama prévio é um dos maiores fatores de risco para este tipo de câncer
Ter feito biópsias mesmo que para condições benignas está associado a um maior risco de ter câncer de mama.
 Mamas densas na mamografia está associado a um maior risco para este tumor. É muito importante que a mamografia seja feita em um serviço qualificado e que o exame seja comparado com exames anteriores.
A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia.



Exame e Autoexame das Mamas
 O exame das mamas feito pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado  para essa atividade.
Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres.
O Exame Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações técnicas do Consenso para o Controle do Câncer de Mama. A sensibilidade do ECM varia de 57% a 83% em mulheres entre 50 e 59 anos, e em torno de 71% nas que estão entre 40 e 49 anos. A especificidade varia de 88% a 96% em mulheres com idade entre 50 e 59 e entre 71% a 84% nas que estão entre 40 e 49 anos.
Mamografia
A mamografia (radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros).
O principal benefício do uso da mamografia é a diminuição de cerca de 30% da mortalidade em mulheres
Lei 11.664, de 2008
Ao estabelecer que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, a Lei 11.664/2008 que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde.

TRATAMENTO
CIRURGIA
QUMIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
HORMONIOTERAPIA


                                       fonte: site do INCA                                                                  


                                                    programa apresentado dia 24/03/2011 na Jaguarao FM 104.9

HIPERTENSÃO

HAS -hipertensão arterial sistêmica-


Sintomatologia

A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente; É uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas. Quando os sintomas ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento ou até mesmo questione a sua necessidade, o que leva a grande número de complicações

A hipertensão arterial é um dos fatores envolvidos em uma série de doenças. Algumas doenças são provocadas, antecipadas ou agravadas pela hipertensão arterial; como:

- Angina de peito, Infarto Agudo do Miocárdio, Cardiopatia hipertensiva, Insuficiência cardíaca e em alguns casos morte súbita

- Entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.

- Acidente vascular cerebral (AVC), Demência vascular.

- Nefropatia hipertensiva e Insuficiência renal.

- Retinopatia hipertensiva.

No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.

O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos( 20 a 40%), diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.

Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles:

- fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física;

Sintomas:

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.





Prevenção e controle:

A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:

- manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares; substituir as gorduras animais por óleos vegetais, diminuir os açúcares e aumentar a ingestão de fibras

- não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos; eliminar os embutidos, enlatados, conservas, bacalhau, charque e queijos salgados

- praticar atividade física regular;

- aproveitar momentos de lazer; Controlar o estresse

- abandonar o fumo;

- moderar o consumo de álcool;

- evitar alimentos gordurosos;

- controlar o diabetes.

- Evitar drogas que elevam a pressão arterial: anticoncepcionais, antiinflamatórios, moderadores de apetite, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides, derivados da ergotamina, estimulantes (anfetaminas), cafeína, cocaína e outros.

Quando for medir sua pressão, esteja certo de:

Não estar com a bexiga cheia; Não ter praticado exercícios físicos; Não ter ingerido bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou ter fumado até 30 minutos antes da medida; Ter descansado por 5 a 10 minutos, sentado em ambiente calmo e com temperatura agradável; Relaxar bem o braço; Não falar durante o procedimento

Toda pessoa que controla sua pressão arterial deve faze-lo ao menos mensalmente e, de 6 em 6 meses, consultar-se com seu médico para checar a medicação.



1.Hipertensão arterial primária. Na grande maioria dos casos a Hipertensão Arterial é considerada essencial, isto é, ela é uma doença por si mesma

2.Hipertensão arterial secundária.Ocorre quando um determinado fator causal predomina sobre os demais, embora os outros possam estar presentes.

1.Hipertensão por nefropatias.

2.Hipertensão renovascular. O fator causal principal é isquemia renal, em geral provocada por estreitamento da artéria renal, unilateral ou bilateral.

3.Hipertensão relacionada a gestação. Situações de hipertensão arterial durante e/ou devido à gestação.

4.Hipertensão medicamentosa. Situações de hipertensão arterial desencadeadas ou exacerbadas por uso de medicamentos.[14]

1.Corticóides

2.Anti-inflamatórios não esteróides

3.Drogas de ação sobre o sistema nervoso simpático

4.Antidepressivos

5.Anestésicos e Narcóticos

6.Outras drogas'

5.Hipertensão por endocrinopatias. Situações de hipertensão arterial desencadeadas ou pioradas por doenças do sistema endócrino, envolvendo um ou mais hormônios.

1.Acromegalia. Doença causada por produção excessiva de hormônio do crescimento em adultos.

2.Hipertireodismo. Doença causada por excesso de hormônios tireoideanos (T3 - tri-iodotironina e T4 - tiroxina) circulantes.

3.Hipotireodismo. Doença causada por deficiência de hormônios tireoideanos circulante.

4.Hiperparatiroidismo. Doença causada por excesso de paratormônio circulante.

5.Síndrome de Cushing. Doença causada por excesso de glicocorticóides circulantes

6.Hiperaldosteronismo primario. Doença causada por produção inapropriadamente elevada de aldosterona pela glândula supra-renal.

7.Feocromocitoma. Tumor, em geral supra-renal, produtor de catecolaminas.

8.Apneia do sono - Doença por descontrole dos mecanismos respiratórios do sono, comhipóxia intermitente.

Tratamento

O tratamento vai depender não somente dos níveis de pressão arterial, mas também da co-existência de fatores de risco e de lesões em outros órgãos do corpo.

Há duas formas de tratamento: sem e com medicamentos.

O tratamento sem medicamentos tem como objetivo auxiliar na diminuição da pressão, e se possível evitar as complicações e os riscos por meio de modificações nas atitudes e formas de viver.

O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos.

Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.

A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo.

O tratamento medicamentoso deve observar os seguintes princípios:

1. O medicamento deve ser eficaz por via oral e bem tolerado

2. Deve permitir o menor número de tomadas diárias

3. O tratamento deve ser iniciado com as doses menores possíveis e se necessário aumentado gradativamente ou associado a outros, com o mínimo de complicações

4. O medicamento deve ter custo compatível com as condições socioeconômicas do paciente para permitir a continuidade do tratamento

5. O mais sério problema no tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é que ele pode ser necessário por toda a vida. Aí então o convencimento da necessidade do tratamento é muito importante para que o paciente tenha uma aderência permanente

6. Os controles médicos devem ser periódicos para o acerto das dosagens medicamentosas e acompanhamento da evolução da doença cardiovascular



DEPRESSÃO


O que é a depressão?

Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza.

Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.

Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais freqüente do que se imaginava. Estudos recentes mostram que 10% a 25% das pessoas que procuram os clínicos gerais apresentam sintomas dessa enfermidade. Essas porcentagens são semelhantes ao número de casos de hipertensão e infecções respiratórias que os clínicos atendem em seus serviços. Ao contrário dessas doenças, entretanto, eles não costumam estar preparados para reconhecer e tratar depressões.

Como se desenvolve a depressão?

Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida.

As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença.

Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:

Estresse Estilo de vida

Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros.

Fatores de risco para depressão

• História familiar de depressão; • Sexo feminino;

• Idade mais avançada; • Episódios anteriores de depressão;

• Parto recente; • Acontecimentos estressantes;

• Dependência de droga.

Até um terço dos casos estão associados a condições médicas como câncer, dores crônicas, doença coronariana, diabetes, epilepsia, infecção pelo HIV, doença de Parkinson, derrame cerebral, doenças da tireóide e outras. Diversos medicamentos de uso continuado podem provocar quadros depressivos. Entre eles estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e ranitidina), os contraceptivos orais, cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da cortisona.

Como se diagnostica a depressão?

Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim.

O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.

O que sente a pessoa deprimida?

Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem.

Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis.

Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso.

Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.

Como é o pensamento da pessoa deprimida?

Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.


Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio

Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros.

Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente.

É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico adequado.

Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais

Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.

Como se trata a depressão?

A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de depressão no passado correm 50% de risco de repeti-lo. Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode chegar a 90%; e se tiverem sido três episódios, a probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.

O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente.

Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.

Pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.

Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).

OBESIDADE

OBESIDADE


O que é?

Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde.

A porcentagem de obesos no mundo, de acordo com estudos do IBGE, está aumentando. As pesquisas indicam que há cerca de 17 milhões de obesos no Brasil, o que representa 9,6% da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, há 300 milhões de obesos no mundo e, destes, um terço está nos países em desenvolvimento. A OMS considera a obesidade um dos dez principais problemas de saúde pública do mundo, classificando-a como epidemia.

Segundo o IBGE, em pesquisa feita em 2008 e 2009, no Brasil a obesidade atinge 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos, 4,0% dos homens e 5,9% das mulheres entre 10 e 19 anos e 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 a 9 anos.

Como se desenvolve ou se adquire?

Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.

A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.

Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.

O que se sente?

O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.

Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:

Doenças Distúrbios

Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos

Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia

Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom")

Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina

Câncer Intolerância à glicose

Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade

Coledocolitíase Apnéia do sono

Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a seguir).

Como o médico faz o diagnóstico?

A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:

IMC ( kg/m2)                       Grau de Risco                        Tipo de obesidade

18 a 24,9                              Peso saudável                              Ausente

25 a 29,9                              Moderado                        Sobrepeso ( Pré-Obesidade )

30 a 34,9                              Alto                                       Obesidade Grau I

35 a 39,9                              Muito Alto                             Obesidade Grau II

40 ou mais                            Extremo                           Obesidade Grau III ("Mórbida")

Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela :

Altura (cm) Peso Inferior (kg) Peso Superior (kg)

145                    38                           52

150                    41                           56

155                    44                           60

160                    47                           64

165                    50                           68

170                    53                           72

175                   56                            77

180                   59                            81

185                   62                            85

190                   65                            91

A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:

Obesidade Difusa ou Generalizada

Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica)

Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.

Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:

                       Risco Aumentado                      Risco Muito Aumentado

Homem                 94 cm                                    102 cm

Mulher                  80 cm                                     88 cm



A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.

Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.

De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a seguir.

Classificação da Obesidade de Acordo com suas Causas:

Obesidade por Distúrbio Nutricional Obesidade por Inatividade Física

Dietas ricas em gorduras Sedentarismo

Dietas de lancherias Incapacidade obrigatória

Idade avançada



Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas Obesidades Secundárias

Hipotireoidismo Sedentarismo

Ovários Policísticos Cirurgia hipotalâmica

Hipogonadismo Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona

Déficit de hormônio de crescimento

Aumento de insulina Obesidades de Causa Genética

Tumores pancreáticos produtores de insulina



A partir da abordagem médica inicial no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico.

Como se trata?

O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.

Reeducação Alimentar Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente.

Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.

Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.

Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.

Exercício

O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem: a diminuição do apetite, o aumento da ação da insulina, a melhora do perfil de gorduras, a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.

O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.

Drogas

A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico.

No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.

Como se previne?

Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente e sua famiia.